Salve galera.
Estreou neste final de semana o filme Dredd, estrelado por
Karl Urban, Olivia Thirlby e Lena Headey. O filme é baseado no personagem
inglês Juiz Dredd, criado em 1976 porJohn Wagner e Carlos Ezquerra.
Eu tive o prazer de assistir a pré-estreia ao lado do Sr.
Panda e da equipe do site Cruzador Fantasma e posso dizer que o filme é uma das
melhores adaptações que já vi de um personagem de HQs para o cinema.
Bom, vamos primeiro falar um pouco sobre o personagem de HQ.
Dredd foi criado para a revista inglesa 2000 AD. Ele vive em um futuro
apocalíptico pós-nuclear em Mega City 1, uma cidade onde milhões de pessoas
vivem em prédios gigantescos e capazes de receber quase 200 mil habitantes
conhecidos como blocos.
E como qualquer grande cidade, Mega City 1 tem vários
problemas: altas taxas de desemprego, tráfico de drogas,prostituição e
criminalidade sem controle.
Para tentar controlar a população, o Palácio de Justiça, uma
espécie de mistura do Ministério da Justiça e da Guerra, cria uma força
policial especial chamada de Juízes. Os juízes tem a responsabilidade de
prender, julgar e, se necessário, executar os criminosos. Os juízes tem como
meta prender os criminosos nos Blocos de Isolamento, porém eles não pensam duas
vezes se acharem necessário executar alguém.
E o juiz mais temido de Mega City 1 é Dredd. O que se sabe
do seu passado é que Joseph Dredd foi levado para a Escola de Juízes ao cinco
anos de idade e, após quinze anos de treinamento, ele saiu de lá e rapidamente
se tornou uma lenda em Mega City 1, como o juiz mais duro, esperto e corajoso
da cidade.
Todo e qualquer criminoso da cidade tem medo de Dredd porque
conhece sua reputação. Ele é implacável e ninguém consegue comprar suas
decisões. A única coisa que guia Dredd e a lei. Tanto que sua frase mais
conhecida é: EU SOU A LEI!
Uma coisa que chama a atenção nas histórias de Dredd é que
elas são extremamente violentas. Essa é uma das vantagens das HQs inglesas: não
enfrentam as rígidas leis de censura das HQs americanas.
Dredd também já participou de alguns crossovers com Batman,
Lobo e, a minha história favorita, contra o Predador.
O único problema é que encontrar histórias de Dredd aqui no
Brasil é uma missão quase impossível.
Já no cinema, Dredd está em seu segundo filme. O primeiro,
feito em 1995, foi estrelado por Sylvester Stallone, Diane Lane, Armand Assante,
Rob Scheider e Max von Sydow. O filme tenta humanizar o personagem. Mas
acontece que Dredd é um juiz, não é humano. E a lei é a sua vida. Por isso, o
filme acabou sendo uma decepção para os fãs, o que se refletiu nas bilheterias.
Já esta nova versão acerta em cheio em tudo. Mostra Dredd
como realmente ele é: a lei em pessoa.
Karl Urban, o Dr. McCoy da nova versão de Jornada nas
Estrelas, está muito bem no papel e, para alegria dos fãs, em momento nenhum do
filme ele tira o capacete. Coisa que Sly pisou na bola ao aparecer sem o
capacete em seu filme. Olivia Thirlby faz o papel de Juíza Cassandra Anderson,
uma paranormal que consegue ler a mente das pessoas. Em muitos momentos, ela usa
este poder para salvar Dredd. Anderson é uma juíza novata, que está sendo
avaliada por Dredd. E ambos acabam indo investigar um triplo homicídio dentro
do bloco conhecido como Peach Tree.
O problema é que o Peach Tree é dominado por Ma-Ma, papel de
Lena Headey, estrela da série Terminator: The Sara Connor Chronicles, e os dois
acabam presos dentro do bloco. Ma-Ma também é responsável pela criação e
distribuição de uma nova droga chamada Slo-Mo e teme que a presença dos juízes
acabe com seu plano para controlar o submundo de Mega City 1. Então ela dá uma
ordem para todos dentro de Peach Tree: matar os juízes.
Dredd e Anderson precisam enfrentar a gangue de Ma-Ma e
acabar com os laboratórios de refino Slo-Mo. Mas para isso, eles precisam ficar
vivos, coisa que cada vez fica mais complicada dentro do terreno de Ma-Ma.
Como falei anteriormente, este filme é uma das melhores
adaptações de HQ que já vi. O roteiro está fiel ao personagem e o elenco está
muito bem escalado. Karl Urban consegue realmente convencer como Dredd. E,
mesmo sem tirar o capacete, nos momentos em que é necessário, ele consegue
transmitir emoção ao telespectador.
Então se você é fã de Dredd ou ainda não conhece o
personagem, corra para o cinema e aproveite!
E recomendo a versão 3D!
PUBLICADO ORIGINALMENTE NO SITE GEEZBOX (WWW.GEEZBOX.COM.BR) EM SETEMBRO DE 2012
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