sábado, 26 de julho de 2014

JUIZ DREDD: EU SOU A LEI

Salve galera.

Estreou neste final de semana o filme Dredd, estrelado por Karl Urban, Olivia Thirlby e Lena Headey. O filme é baseado no personagem inglês Juiz Dredd, criado em 1976 porJohn Wagner e Carlos Ezquerra.

Eu tive o prazer de assistir a pré-estreia ao lado do Sr. Panda e da equipe do site Cruzador Fantasma e posso dizer que o filme é uma das melhores adaptações que já vi de um personagem de HQs para o cinema.

Bom, vamos primeiro falar um pouco sobre o personagem de HQ. Dredd foi criado para a revista inglesa 2000 AD. Ele vive em um futuro apocalíptico pós-nuclear em Mega City 1, uma cidade onde milhões de pessoas vivem em prédios gigantescos e capazes de receber quase 200 mil habitantes conhecidos como blocos.
E como qualquer grande cidade, Mega City 1 tem vários problemas: altas taxas de desemprego, tráfico de drogas,prostituição e criminalidade sem controle.

Para tentar controlar a população, o Palácio de Justiça, uma espécie de mistura do Ministério da Justiça e da Guerra, cria uma força policial especial chamada de Juízes. Os juízes tem a responsabilidade de prender, julgar e, se necessário, executar os criminosos. Os juízes tem como meta prender os criminosos nos Blocos de Isolamento, porém eles não pensam duas vezes se acharem necessário executar alguém.

E o juiz mais temido de Mega City 1 é Dredd. O que se sabe do seu passado é que Joseph Dredd foi levado para a Escola de Juízes ao cinco anos de idade e, após quinze anos de treinamento, ele saiu de lá e rapidamente se tornou uma lenda em Mega City 1, como o juiz mais duro, esperto e corajoso da cidade.


Todo e qualquer criminoso da cidade tem medo de Dredd porque conhece sua reputação. Ele é implacável e ninguém consegue comprar suas decisões. A única coisa que guia Dredd e a lei. Tanto que sua frase mais conhecida é: EU SOU A LEI!

Uma coisa que chama a atenção nas histórias de Dredd é que elas são extremamente violentas. Essa é uma das vantagens das HQs inglesas: não enfrentam as rígidas leis de censura das HQs americanas.

Dredd também já participou de alguns crossovers com Batman, Lobo e, a minha história favorita, contra o Predador.

O único problema é que encontrar histórias de Dredd aqui no Brasil é uma missão quase impossível.

Já no cinema, Dredd está em seu segundo filme. O primeiro, feito em 1995, foi estrelado por Sylvester Stallone, Diane Lane, Armand Assante, Rob Scheider e Max von Sydow. O filme tenta humanizar o personagem. Mas acontece que Dredd é um juiz, não é humano. E a lei é a sua vida. Por isso, o filme acabou sendo uma decepção para os fãs, o que se refletiu nas bilheterias.
Já esta nova versão acerta em cheio em tudo. Mostra Dredd como realmente ele é: a lei em pessoa.

Karl Urban, o Dr. McCoy da nova versão de Jornada nas Estrelas, está muito bem no papel e, para alegria dos fãs, em momento nenhum do filme ele tira o capacete. Coisa que Sly pisou na bola ao aparecer sem o capacete em seu filme. Olivia Thirlby faz o papel de Juíza Cassandra Anderson, uma paranormal que consegue ler a mente das pessoas. Em muitos momentos, ela usa este poder para salvar Dredd. Anderson é uma juíza novata, que está sendo avaliada por Dredd. E ambos acabam indo investigar um triplo homicídio dentro do bloco conhecido como Peach Tree.
O problema é que o Peach Tree é dominado por Ma-Ma, papel de Lena Headey, estrela da série Terminator: The Sara Connor Chronicles, e os dois acabam presos dentro do bloco. Ma-Ma também é responsável pela criação e distribuição de uma nova droga chamada Slo-Mo e teme que a presença dos juízes acabe com seu plano para controlar o submundo de Mega City 1. Então ela dá uma ordem para todos dentro de Peach Tree: matar os juízes.

Dredd e Anderson precisam enfrentar a gangue de Ma-Ma e acabar com os laboratórios de refino Slo-Mo. Mas para isso, eles precisam ficar vivos, coisa que cada vez fica mais complicada dentro do terreno de Ma-Ma.
Como falei anteriormente, este filme é uma das melhores adaptações de HQ que já vi. O roteiro está fiel ao personagem e o elenco está muito bem escalado. Karl Urban consegue realmente convencer como Dredd. E, mesmo sem tirar o capacete, nos momentos em que é necessário, ele consegue transmitir emoção ao telespectador.

Então se você é fã de Dredd ou ainda não conhece o personagem, corra para o cinema e aproveite!


E recomendo a versão 3D!

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO SITE GEEZBOX (WWW.GEEZBOX.COM.BR) EM SETEMBRO DE 2012

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