Salve galera.
Hoje eu quero falar de uma personagem que tenho um carinho
muito especial: Mulher-Hulk.
Fui bombardeado na semana passada, porque coloquei ela no
meu Top 5 Gostosas das HQs. Mas ela só entrou nessa lista porque ela tem um
charme muito grande, principalmente na fase em que ela foi escrita e desenhada
por John Byrne.
E o melhor exemplo é a graphic Marvel A Sensacional
Mulher-Hulk. Publicada originalmente em 1982 nos EUA e por aqui em 1985 pela
Editora Abril. Foi a partir desta história que Byrne assumiu a personagem.
Ele resolveu mexer muito na personagem. Primeiro, ele
alterou o nome dela. Ao invés de A Selvagem Mulher-Hulk, John Byrne mudou para
A Sensacional Mulher-Hulk, título que foi adotado para a revista mensal dela,
também com traço e roteiro de Byrne. As histórias mensais da prima de Bruce
Banner tem um leve toque de sensualidade e muito humor.
O começo dessa parceira entre Byrne e Mulher-Hulk acontece
nessa Graphic Marvel. Temendo que Jennifer Walter (alter ego da Mulher-Hulk)
pudesse ficar descontrolada como o Hulk, a S.H.I.E.L.D. recebe a missão de
prender e estudar a gigante esmeralda, apesar da resistência de Nick Fury em
cumprir esta ordem. Então é enviado um grupo de Mandroides para capturá-la nas
ruas de Nova York. Porém, ela reage e é teletransportada para o porta-aviões
aéreo da S.H.I.E.L.D.. Junto com ela também é preso seu namorado, o indígena
Wyatt Wingfoot e alguns civis. Mas junto deste grupo, vai um mendigo que está
sob influência de um grupo de baratas inteligentes que surgiram após um teste
nuclear americano (sim, você leu certo: um grupo de baratas inteligentes que
surgiu após um teste nuclear americano).
E para alegria dos meninos da S.H.I.E.L.D., ela é obrigada a
tirar toda a roupa. Por sinal, Byrne é generoso no que mostra dela. Voltando a
história: as baratas derrubam o porta-aviões aéreo da S.H.I.E.L.D. e tentam
assumir o corpo da Mulher-Hulk. Na queda do porta-aviões aéreo, a fornalha
nuclear entra em colapso e pode explodir. Mas ela consegue evitar a explosão e
mata todas as baratas.
No final desta aventura, Reed Richards comunica que, devido
ao banho de radiação que a Mulher-Hulk recebeu na fornalha, ela nunca mais
poderá voltar a assumir a forma de Jennifer Walters. Vale lembrar três detalhes
aqui: esta história se passa logo após Guerras Secretas, então a Mulher-Hulk é
membro do Quarteto Fantástico no lugar do Coisa; diferente do Hulk, a
Mulher-Hulk podia controlar sua transformação e assumir sua forma humana quando
quisesse; e mesmo na forma de Mulher-Hulk, ela continuava tendo sua mente
humana.
As histórias seguintes da Mulher-Hulk seguem essa linha:
John Byrne fica colocando ela em situações absurdas e cheias de clichês. Para
vocês terem ideia, ela já chegou a discutir com o próprio John Byrne durante
uma de suas aventuras. Em outra, ela ”rasgou” a página da revista, para poder
salvar um grupo de pessoas. E em muitas vezes ela demonstrou saber que ela era
um personagem de história em quadrinhos, ao melhor estilo Homem-Animal de Grant
Morrison. Byrne também sempre conseguia colocar alguma sensualidade nas
histórias da Mulher-Hulk: seja com ela vestindo um biquíni minúsculo, seja ela
tomando banho ou pulando corda nua.
Enfim, quem acompanhou esse período da Mulher-Hulk, que
durou 50 edições no EUA (a revista ainda foi até a edição 60, mas sem o traço e
roteiro de Byrne) e algumas histórias que foram publicadas na revista do
Incrível Hulk da Abril, sabe o quanto foi boa essa fase.
PUBLICADO ORIGINALMENTE NO SITE GEEZBOX (WWW.GEEZBOX.COM.BR) EM ABRIL DE 2013
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