sábado, 26 de julho de 2014

STEPHEN KING VS CINEMA - PARTE II

Sou fã de King. Adoro seus livros e filmes.

E quinzena passada, falei dos filmes baseados em seus livros que são bons.

E agora, infelizmente, temos que falar dos filmes ruins.
 PARTE 2: IT, QUE COISA RUIM

Um dos maiores problemas das adaptações dos filmes de King para o cinema é que nunca eles conseguem transmitir o mesmo medo que o livro passa.

Outro problema é quando o roteiro fica confuso e deixa a história sem pé nem cabeça.

Vamos começar por It – Uma Obra Prima do Medo (It, 1990, direção de Tommy Lee Wallace, com Tim Curry, Tim Reid e Harry Anderson).

O filme conta a história de um grupo de crianças que enfrentam uma criatura chamada It, que pode assumir várias formas assustadoras, como o palhaço Pennywise ou de uma aranha gigante.

Mas o filme é lento e não consegue assustar o espectador. Pelo contrário, a narrativa acaba tornando o filme chato.

Outro que acabou se perdendo durante sua historia é Christine – O Carro Assassino (Christine, 1983, direção de John Carpenter, com Keith Gordon, John Stockwell e Alexandra Paul).

Não estou falando somente das inúmeras mudanças de fatos, lugares e personagens entre o filme e o livro, mas sim da história, que acabou ficando fraca.

Mesmo dirigido por John Carpenter, um dos mestres dos filmes de ação, Christine acabou virando uma piada e se tornou Cult, pelo fato de ser um filme muito ruim.

Um tema que King gosta de trabalhar em seus filmes é aliens. Mas os filmes baseados em suas histórias aliens são muito ruins.

Começando por Tommyknockers (The Tommyknockers, 1987, direção de John Power, com Jimmy Smith e Marg Helgenberger), que conta a história de eventos estranhos que começam a acontecer em uma pequena cidade logo após um romancista violar um cemitério indígena, que logo após se descobre ser a prisão de uma raça de seres alienígenas.

A história é totalmente sem pé nem cabeça. Igual a O Apanhador de Sonhos (Dreamcatcher, 2003, direção de Lawrence Kasdan, com Morgan Freeman, Thomas Jane, Jason Lee, Tom Sizemore e Donnie Wahlberg).

A historia de um grupo de amigos que ganha poderes especiais de um garoto e depois de velhos eles usam esses poderes para evitar uma invasão alienígena é horrível.

Mesmo com um elenco de peso, os personagens não conseguem convencer na história, que começa com o que parece ser uma maldição indígena e vira uma guerra entre militares e aliens.

Já A Metade Negra (The Dark Half, 1993, direção de George A. Romero, com Timothy Hutton, Amy Madigan e Michael Rooker) começa bem, mas o final acaba ficando confuso.

A história do escritório fracassado de romances Thad Beaumont (Hutton) que acaba virando um sucesso quando começa a escrever histórias violentas sob o pseudonome de George Stark. Então ele resolve acabar com a Stark, mas este aparece vivo e tenta matar o Beaumont. O final, com o confronto entre os dois personagens, fica confuso.

O filme A Maldição do Cigano (Thinner, 1996, direção de Tom Holland, com Robert John Burke, Joe Mantegna e Lucinda Jenney) simplesmente não convence. A história é fraca e seus personagens não convencem.

Colheita Maldita (Children of the Corn, 1992, direção de Fritz Kiersch, com Peter Horton, Linda Hamilton e Courtney Gains) e Cemitério Maldito (Pet Sematary, 1989, direção de Mary Lambert, com Denise Crosby, Fred Gwynne e Dale Midkiff) assustam mais pelas cenas fortes do que pela história. Ambos os filmes perdem a graça após uma vez assistidos.

Como citei na última coluna, o problema destes filmes é que eles não conseguem passar o mesmo ambiente, o mesmo suspense e o mesmo medo que os livros de King passam.

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO SITE POLTRONA DE CINEMA (WWW.POLTRONADECINEMA.WORDPRESS.COM) EM MARÇO DE 2012

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