Sou fã de King. Adoro seus livros e filmes.
E quinzena passada, falei dos filmes baseados em seus livros
que são bons.
Um dos maiores problemas das adaptações dos filmes de King
para o cinema é que nunca eles conseguem transmitir o mesmo medo que o livro
passa.
Outro problema é quando o roteiro fica confuso e deixa a
história sem pé nem cabeça.
Vamos começar por It – Uma Obra Prima do Medo (It, 1990,
direção de Tommy Lee Wallace, com Tim Curry, Tim Reid e Harry Anderson).
O filme conta a história de um grupo de crianças que
enfrentam uma criatura chamada It, que pode assumir várias formas assustadoras,
como o palhaço Pennywise ou de uma aranha gigante.
Mas o filme é lento e não consegue assustar o espectador.
Pelo contrário, a narrativa acaba tornando o filme chato.
Outro que acabou se perdendo durante sua historia é
Christine – O Carro Assassino (Christine, 1983, direção de John Carpenter, com
Keith Gordon, John Stockwell e Alexandra Paul).
Não estou falando somente das inúmeras mudanças de fatos,
lugares e personagens entre o filme e o livro, mas sim da história, que acabou
ficando fraca.
Mesmo dirigido por John Carpenter, um dos mestres dos filmes
de ação, Christine acabou virando uma piada e se tornou Cult, pelo fato de ser
um filme muito ruim.
Um tema que King gosta de trabalhar em seus filmes é aliens.
Mas os filmes baseados em suas histórias aliens são muito ruins.
Começando por Tommyknockers (The Tommyknockers, 1987,
direção de John Power, com Jimmy Smith e Marg Helgenberger), que conta a
história de eventos estranhos que começam a acontecer em uma pequena cidade
logo após um romancista violar um cemitério indígena, que logo após se descobre
ser a prisão de uma raça de seres alienígenas.
A história é totalmente sem pé nem cabeça. Igual a O
Apanhador de Sonhos (Dreamcatcher, 2003, direção de Lawrence Kasdan, com Morgan
Freeman, Thomas Jane, Jason Lee, Tom Sizemore e Donnie Wahlberg).
A historia de um grupo de amigos que ganha poderes especiais
de um garoto e depois de velhos eles usam esses poderes para evitar uma invasão
alienígena é horrível.
Mesmo com um elenco de peso, os personagens não conseguem
convencer na história, que começa com o que parece ser uma maldição indígena e
vira uma guerra entre militares e aliens.
Já A Metade Negra (The Dark Half, 1993, direção de George A.
Romero, com Timothy Hutton, Amy Madigan e Michael Rooker) começa bem, mas o
final acaba ficando confuso.
A história do escritório fracassado de romances Thad
Beaumont (Hutton) que acaba virando um sucesso quando começa a escrever
histórias violentas sob o pseudonome de George Stark. Então ele resolve acabar
com a Stark, mas este aparece vivo e tenta matar o Beaumont. O final, com o
confronto entre os dois personagens, fica confuso.
O filme A Maldição do Cigano (Thinner, 1996, direção de Tom
Holland, com Robert John Burke, Joe Mantegna e Lucinda Jenney) simplesmente não
convence. A história é fraca e seus personagens não convencem.
Colheita Maldita (Children of the Corn, 1992, direção de
Fritz Kiersch, com Peter Horton, Linda Hamilton e Courtney Gains) e Cemitério
Maldito (Pet Sematary, 1989, direção de Mary Lambert, com Denise Crosby, Fred
Gwynne e Dale Midkiff) assustam mais pelas cenas fortes do que pela história.
Ambos os filmes perdem a graça após uma vez assistidos.
Como citei na última coluna, o problema destes filmes é que
eles não conseguem passar o mesmo ambiente, o mesmo suspense e o mesmo medo que
os livros de King passam.
PUBLICADO ORIGINALMENTE NO SITE POLTRONA DE CINEMA (WWW.POLTRONADECINEMA.WORDPRESS.COM) EM MARÇO DE 2012
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