Algum tempo atrás eu falei sobre a adaptação do mangá Akira,
que deverá estrear ano que vem nos cinemas.
Mas hoje vamos falar sobre a animação Akira, que é um dos marcos
do cinema de animação.
O filme estreou em 1988 e foi dirigido por Katsuhiro Ôtomo,
roteirista e criador do mangá Akira.
Logicamente que a história foi bem alterada em relação ao
mangá, afinal é impossível colocar 2 mil páginas de quadrinhos dentro de um
filme de 124 minutos.
No filme, Kaneda lidera uma gangue de motoqueiros em
Neo-Tokyo durante o ano de 2109. A cidade está sendo reconstruída após a
explosão de um artefato atômico durante a Terceira Guerra Mundial.
Após uma briga de gangues, Tetsuo, melhor amigo de Kaneda,
acaba sendo preso pelo Coronel, líder de um projeto cientifico que planeja
criar soldados com poderes mentais.
Tetsuo acaba passando por várias experiências e acaba se
tornando extremamente poderoso, porém acaba enlouquecendo com os poderes. Tanto
que ele resolve enfrentar Akira, o mais poderoso ser criado pelo Coronel, que
está congelado em uma base secreta do governo.
Enquanto isso Kaneda tenta parar o amigo, que deixa um
rastro de destruição e morte por onde passa.
Para ser bem sincero, podemos dizer que o filme é baseado no
mangá e não uma adaptação: vários personagens de um aparecem no outro, mas a
história é diferente. Não que seja ruim, pelo contrário: o anime é excelente,
tanto que aparece muito bem posicionado em várias listas sobre os melhores
filmes de ficção cientifica já feito.
Acho que isso se deve principalmente porque Katsuhiro Ôtomo,
o criador do mangá, esteve envolvido diretamente na elaboração do filme. Então
ele é a única pessoa que podia ver e contar sua história de outra maneira.
Akira, junto com Blade Runner, se tornou uma referencia
sobre a cultura cyberpunk dentro do cinema. Os traços muito bem feitos mostram
um mundo pós-guerra misturado com a cultura pop japonesa que enchem os olhos. E
tudo isso acompanhado por uma trilha sonora que prende ainda mais sua atenção
às cenas.
Enfim, Akira é uma experiência única em todos os sentidos:
por ter uma história excelente, um visual marcante e uma música espetacular.
Se você ainda não viu esta animação ou leu o mangá, fica a
dica. É com certeza uma das obras mais importantes tanto no cinema quanto nos
HQs do século passado.
PUBLICADO ORIGINALMENTE NO SITE POLTRONA DE CINEMA (WWW.POLTRONADECINEMA.WORDPRESS.COM) EM JULHO DE 2012
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