terça-feira, 29 de julho de 2014

O MUNDO NEGRO DE ALEX PROYAS

E as férias acabaram pessoal. Espero que vocês tenham aproveitado bastante. 

Eu aproveite para rever alguns clássicos e voltar com fôlego total para 2013.
E vamos começar falando de um diretor que tem uma filmografia pequena, mas muito interessante: Alex Proyas.
Egípcio, nascido em 1963, Proyas começou sua carreira dirigindo vídeo clipes de nomes consagrados da música, como INX, Sting e Yes.

Seus filmes têm por característica uma ar dark e uma trilha sonora extremamente forte. E seus primeiros trabalhos se tornaram Cult, principalmente por terem uma atmosfera sombria e alternativa.

Na telona, sua estreia aconteceu com o filme Spirits of the Air, Gremlins of the Clouds, de 1989. Infelizmente não existem muitas informações sobre o filme. Mas a resenha básica diz que dois irmãos que vivem em um mundo pós-apocaliptico onde dois irmãos encontram um estranho que traz mudanças para suas vidas. Todas as criticas que consegui achar sobre o filme falam que ele é muito bom.

Em 1994 Alex Proyas dirigiu talvez o seu maior e mais trágico filme: O Corvo (The Crow, crowde 1994, com Brandon Lee, Rochelle Davis, Ernie Hudson e Tony Todd). O filme é a adaptação da HQ underground O Corvo, de James O’Barr. Tanto o filme quanto as HQs contam a história de Eric Draven (Lee), que volta dos mortos para vingar seu assassinato e o de sua namorada Shelly na noite anterior ao Halloween, conhecida como Noite do Demônio. O filme teve um orçamento de US$ 6 milhões e foi sucesso de critica e bilheteria no mundo todo. Além de contar com uma das melhores trilha sonoras que já ouvi.
Infelizmente foi neste filme que Brandon Lee, filho da lenda do cinema e das artes marciais Bruce Lee, acaba morrendo, por causa de um terrível descuido de um dos membros da produção do filme. Muitas teorias surgiram em torno da sua morte, principalmente porque seu pai também teve uma morte misteriosa. Mas esse será o assunto de uma próxima coluna.

O próximo trabalho de Proyas foi Cidade das Sombras (Dark City, de 1998, com Rufus Sewell, William Hurt, Kiefer Sutherland e Jennifer Connelly). O filme conta a história de uma cidade que é sempre noite e onde estranhas criaturas fazem experimentos com os seres humanos. O filme tem um ar noir e lembra muito os primeiros filmes de Tim Burton.
Em 2002 foi lançado Dias de Ensaio (Garage Days, de 2002, com Kick Gurry, Maya Stange, Pia Miranda e Russel Dykstra). A história gira em torno de uma banda de garagem de Sidney, que tenta sobreviver no mundo do rock. É o filme mais fraco de Proyas.

Os seus dois trabalhos seguintes foram grandes produções: Eu, Robô (I, Robot, de 2004, com Will Smith, Brigdet Moynahan, James Cromwell e Bruce Greenwood), que é baseado em uma história de Isaac Asimov e nas três Leis da Robótica criadas por ele; e Presságio (Knowing, de 2009, com Nicolas Cage, Rose Byrne e Liam Hemsworth), que conta a história de uma mensagem deixada por uma garota em uma capsula do tempo na década de 50 que cai nas mãos de um professor universitário, que tem que impedir uma tragédia de proporções globais.
Proyas está parado desde então. Por enquanto não temos noticias de nenhum trabalho agendado para ele. Mas espero que ele volte logo, porque seus filmes sempre foram marcados por uma visão alternativa e negra do mundo, o que sempre me atraiu.

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO SITE POLTRONA DE CINEMA (WWW.POLTRONADECINEMA.WORDPRESS.COM) EM FEVEREIRO DE 2013

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