E as férias acabaram pessoal. Espero que vocês tenham
aproveitado bastante.
Eu aproveite para rever alguns clássicos e voltar com
fôlego total para 2013.
E vamos começar falando de um diretor que tem uma
filmografia pequena, mas muito interessante: Alex Proyas.
Egípcio, nascido em 1963, Proyas começou sua carreira
dirigindo vídeo clipes de nomes consagrados da música, como INX, Sting e Yes.
Seus filmes têm por característica uma ar dark e uma trilha
sonora extremamente forte. E seus primeiros trabalhos se tornaram Cult,
principalmente por terem uma atmosfera sombria e alternativa.
Na telona, sua estreia aconteceu com o filme Spirits of the
Air, Gremlins of the Clouds, de 1989. Infelizmente não existem muitas
informações sobre o filme. Mas a resenha básica diz que dois irmãos que vivem
em um mundo pós-apocaliptico onde dois irmãos encontram um estranho que traz
mudanças para suas vidas. Todas as criticas que consegui achar sobre o filme falam
que ele é muito bom.
Em 1994 Alex Proyas dirigiu talvez o seu maior e mais
trágico filme: O Corvo (The Crow, crowde 1994, com Brandon Lee, Rochelle Davis,
Ernie Hudson e Tony Todd). O filme é a adaptação da HQ underground O Corvo, de
James O’Barr. Tanto o filme quanto as HQs contam a história de Eric Draven
(Lee), que volta dos mortos para vingar seu assassinato e o de sua namorada
Shelly na noite anterior ao Halloween, conhecida como Noite do Demônio. O filme
teve um orçamento de US$ 6 milhões e foi sucesso de critica e bilheteria no
mundo todo. Além de contar com uma das melhores trilha sonoras que já ouvi.
Infelizmente foi neste filme que Brandon Lee, filho da lenda
do cinema e das artes marciais Bruce Lee, acaba morrendo, por causa de um
terrível descuido de um dos membros da produção do filme. Muitas teorias
surgiram em torno da sua morte, principalmente porque seu pai também teve uma
morte misteriosa. Mas esse será o assunto de uma próxima coluna.
O próximo trabalho de Proyas foi Cidade das Sombras (Dark
City, de 1998, com Rufus Sewell, William Hurt, Kiefer Sutherland e Jennifer
Connelly). O filme conta a história de uma cidade que é sempre noite e onde
estranhas criaturas fazem experimentos com os seres humanos. O filme tem um ar
noir e lembra muito os primeiros filmes de Tim Burton.
Em 2002 foi lançado Dias de Ensaio (Garage Days, de 2002,
com Kick Gurry, Maya Stange, Pia Miranda e Russel Dykstra). A história gira em
torno de uma banda de garagem de Sidney, que tenta sobreviver no mundo do rock.
É o filme mais fraco de Proyas.
Os seus dois trabalhos seguintes foram grandes produções:
Eu, Robô (I, Robot, de 2004, com Will Smith, Brigdet Moynahan, James Cromwell e
Bruce Greenwood), que é baseado em uma história de Isaac Asimov e nas três Leis
da Robótica criadas por ele; e Presságio (Knowing, de 2009, com Nicolas Cage,
Rose Byrne e Liam Hemsworth), que conta a história de uma mensagem deixada por
uma garota em uma capsula do tempo na década de 50 que cai nas mãos de um
professor universitário, que tem que impedir uma tragédia de proporções
globais.
Proyas está parado desde então. Por enquanto não temos
noticias de nenhum trabalho agendado para ele. Mas espero que ele volte logo,
porque seus filmes sempre foram marcados por uma visão alternativa e negra do
mundo, o que sempre me atraiu.
PUBLICADO ORIGINALMENTE NO SITE POLTRONA DE CINEMA (WWW.POLTRONADECINEMA.WORDPRESS.COM) EM FEVEREIRO DE 2013
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