Sou apaixonado por filmes de guerra. E acho que existem
algumas obras primas da 7ª arte neste quesito.
E hoje vou falar dos três filmes básicos para qualquer
amante do cinema sobre a Guerra do Vietnã: Apocalypse Now, Platoon e Nascido
para Matar.
Só um detalhe: hoje eu vou falar sobre os filmes que
retratam a guerra. Futuramente pretendo escrever sobre dois filmes que falam do
pós guerra, que também são obrigatórios. Mas o nome dos filmes eu só irei falar
quando escrever o texto.
Seguindo a ordem cronológica, começaremos por Apocalypse Now, de 1979. Dirigido por Francis Ford Coppola, tem no elenco Martin Sheen, Marlon Brando e Robert Duvall. O filme conta a história do capitão Willard (Sheen) enviado ao interior do Camboja assinar o coronel Kurtz (Brando), que se tornou louco.
Seguindo a ordem cronológica, começaremos por Apocalypse Now, de 1979. Dirigido por Francis Ford Coppola, tem no elenco Martin Sheen, Marlon Brando e Robert Duvall. O filme conta a história do capitão Willard (Sheen) enviado ao interior do Camboja assinar o coronel Kurtz (Brando), que se tornou louco.
Durante o trajeto de barco até o Camboja, Willard acaba se
envolvendo em situações absurdas que aconteceram durante a guerra com os
soldados americanos: desde surfistas de rio à show das coelhinhas da Playboy. E
ao encontrar Kurtz, Willard não sabe mais se deve ou não completar sua missão.
Além de todo este conflito ético que o personagem de Sheen
passa durante o filme, não podemos deixar de destacar duas cenas que se tornaram
clássicas no cinema: o ataque dos helicópteros, liderado pelo tenente-coronel
Kilgore (Duvall) ao som da música Cavalgada das Valquírias e a frase que
Kilgore fala após um ataque com bombas de napalm feito pela força aérea: “Eu
adoro o cheiro de napalm pela manhã”.
O filme ganhou os Oscars de Melhor Fotografia e Melhor Som,
além de ter sido indicado nas categorias de Melhor Direção de Arte e Melhor
Edição (perdeu nas duas categorias para All That Jazz), Melhor Filme (perdeu
para Kramer VS Kramer), Melhor Ator Coadjuvante com Robert Duvall (perdeu para
Melvyn Douglas, que atuou no filme Muito Além do Jardim) e Melhor Diretor
(Coppola perdeu para Robert Redford com o filme Gente como a Gente).
Em 1986 estreou o filme Platoon, de Oliver Stone. Estrelado pelo
então promissor (e não garoto problema) Charlie Sheen, também tem no elenco Tom
Berenger e Williem Dafoe. O filme conta as loucuras da guerra através do olhar
do soldado Chris Taylor (Sheen), que se alista para ir ao Vietnã. E durante seu
período lá, ele entra em contato com os sargentos Barnes (Berenger), um
assassino louco e brutal, e Elias (Dafoe), um homem inteligente e pacifista. E
durante o tempo que passa lá, Taylor muda completamente sua visão da guerra e
dos motivos pelos quais os jovens são enviados para lá.
A loucura da Barnes pode ser resumida em uma cena: quando
ele pega uma criança e coloca a arma na cabeça dela, para obrigar que seus pais
contem onde estão os soldados vietcongues. E a morte de Elias, sendo
assassinado por soldados enquanto os helicópteros de resgate vão embora é
linda.
Platoon venceu o Oscar nas categorias Melhor Filme, Melhor
Diretor, Melhor Som e Melhor Montagem. Também foi indicado nas categorias de
Melhor Ator Coadjuvante, com Tom Berenger e Williem Dafoe, Melhor Roteiro
Original e Melhor Fotografia. Berenger e
Dafoe perderam para Michael Caine, no filme Hannah e Suas Irmãs, que também
venceu a categoria de Melhor Roteiro Original. Já o prêmio de Melhor Fotografia
ficou com filme A Missão.
E para encerrar, temos Nascido para Matar, de 1987. Dirigido
por Stanley Kubrick, mostra dois aspectos muito importantes da guerra: o
primeiro é a lavagem cerebral pela qual os soldados passam antes de ir para
guerra e depois, já durante a guerra, como os soldados viam a guerra.
Este filme tem três cenas marcantes: a primeira, quando o
sargento Hartman (magistralmente interpretado por R. Lee Ermey) se apresenta
aos recrutas. E toda vez que ele fala, a raiva com que ele cita os comunistas
já mostrava a visão dos americanos do “perigo vermelho”. A segunda cena é
quando o soldado Leonard “Gomer Pyle” (interpretado por Vincent D’Onofrio) mata
o sargento e se suicida. E a terceira cena é quando, após um ataque, os
soldados americanos resolvem fazer sexo com uma prostituta vietcongue. Por sinal,
do meio para o fim do final, é muito bem trabalhado essa parte de como os
solados americanos vêem a guerra como seus superiores parecem não se importar
com a população local.
O filme foi indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado em
1988, mas perdeu para O Último Imperador, de Bernardo Bertolucci.
Como falei no começo do texto, os três filmes são imperdíveis. Clássicos absolutos. Infelizmente, eles retratam com fidelidade uma das maiores insanidades do homem: a guerra.
PUBLICADO ORIGINALMENTE NO SITE POLTRONA DE CINEMA (WWW.POLTRONADECINEMA.WORDPRESS.COM) EM AGOSTO DE 2011
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