Foi divulgado nesta semana o Índice Big Mac, que mostrou que
o Brasil tem o 5º sanduíche mais caro do mundo. Este índice não é oficial, mas
foi criado pela revista inglesa The Economist em 1986 para mostrar a variação
do poder de compra das moedas frente ao Dólar.
O Índice Big Mac funciona da seguinte forma: como o Big Mac
é um produto comercializado no mundo inteiro com a mesma matéria-prima (com
exceção da Índia, que devido a motivos religiosos utiliza carne de frango), ele
deveria custar o mesmo que nos Estados Unidos – US$ 4,80. Então com base nesse
preço, o Big Mac deveria custar US$ 4,80 no Brasil. Dessa forma, as moedas de
ambos os países estariam pareadas e com o mesmo poder de compra.
Infelizmente essa não é a realidade encontrada no Brasil e
nem em outros países do mundo.
Hoje temos o 5º Big Mac mais caro do mundo, ao valor de US$
5,86 – cerca de R$ 13,00. Para se ter uma ideia, ele é 22,1% mais caro que nos
EUA, ficando atrás somente da Noruega (US$ 7,76), Suíça (US$ 6,83), Venezuela
(US$ 6,82) e Suécia (US$ 5,95). E mesmo tendo uma economia mais forte que
nossos vizinhos na Argentina, nosso Big Mac é mais caro que os de lá, já que em
terras portenhas o sanduíche sai por US$ 2,75. Ainda na América do Sul ficamos
na frente do Peru, onde o lanche custa US$ 3,95; Uruguai com US$ 4,92; Chile
com US$ 3,72; e Colômbia com US$ 4,65.
O Big Mac mais barato do mundo está na Ucrânia, com o custo
de US$ 1,63. Mas esse valor se deve principalmente devido à desvalorização da
moeda local com as tensões políticas que assolam a região. Em segundo lugar
está a India, onde valor está a US$ 1,75, mas como foi dito anteriormente, lá o
sanduíche é feito com frango e não carne bovina. E em terceiro ficou a África
do Sul, com o valor de US$ 2,33.
Além deste cálculo, a The Economist criou um segundo
ranking, onde é levado em conta o PIB per capita de cada país. Já neste caso, o
Brasil pula para o Big Mac mais caro do mundo, o equivalente a 86,8% a mais que
nos EUA.
Resumo da ópera: em ambos os rankings podemos interpretar
que além de o hamburguer no Brasil ser "caro", é provável que esse
preço elevado também se aplique a outros itens de alimentação como cupcakes,
donuts e coca-cola, itens bem mais em conta nos países desenvolvidos. E aí, vai
continuar com a pedida?
PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG DA CORRETORA RICO (WWW.BLOG.RICO.COM.VC) EM JULHO DE 2014
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