Seja sincero: você já conversou sobre finanças com seu
filho?
Não estou falando em conversar sobre o valor da Petrobras na
Bovespa ou a taxa de câmbio, mas sim falar com ele sobre dinheiro e a
importância de economizar.
Infelizmente a Educação Financeira ainda não faz parte da
grade curricular das escolas brasileiras e muitas crianças acabam aprendendo
tarde o valor e a importância do dinheiro. São poucas as escolas que investem
na educação financeira para crianças. E as que investem nesta matéria,
trabalham usando jogos e brincadeiras para ensinar conceitos básicos, como
poupança e empréstimos.
Mas como tratar de finanças com as crianças em casa? Uma boa
dica para ensinar as crianças como se deve tratar o dinheiro é a mesada.
Segundo especialistas, a idade ideal para as crianças começarem a receber a
mesada é entre oito e doze anos.
Antes de começar, estipule um valor mensal e uma data em que
dará a mesada. O valor deve estar alinhado com a realidade econômica da família
e não ao valor que o colega da escola recebe. Outra dica é deixar claro que a
mesada não deve ser usada para comprar o lanche da escola ou pagar uma
atividade extra como futebol. Imagine se o seu filho deixa de comer o lanche
para comprar aquele jogo que acabou de sair? Por isso, dê as regras e deixe
claro o que pode e o que não pode.
Dessa forma, elas irão começar a entender a relação de troca
e como precisam se organizar para comprar aquilo que desejam. E que não dá para
ter tudo sempre que quiser. Você estará pouco a pouco educando alguém que
quando adulto não vai viver sufocado com as faturas do cartão de crédito.
Lembre-se de mostrar como poupar, traçar metas para
objetivos maiores, pesquisar preços e não gastar sem motivos, evitando gastos
supérfluos. Os pais também devem acompanhar os gastos dos filhos e apontar os
erros, como gastar tudo na primeira semana e passar o resto do mês sem
dinheiro. Como também devem elogiar quando a criança conseguir comprar o que queria
depois de economizar algumas mesadas, por exemplo.
A mesada deve ser aumentada gradativamente. Determine datas
para o aumento: pode ser o aniversário da criança ou a cada ano de mesada.
Os pais também devem conversar com seus filhos sobre o
orçamento da casa, mostrando os gastos em transporte, alimentação, vestuário,
diversão etc.
Lembre-se que dinheiro precisa ser um assunto compartilhado coma
família, assim todos participam, dividem a mesma realidade, acordam soluções e
planejam juntos sonhos como a viagem do fim do ano, o intercâmbio ou a mudança
de casa.
A criança que fizer parte disso vai entender desde cedo a
importância do planejamento financeiro e com certeza vai cometer menos tropeços
que aqueles que não passaram por essa experiência. A sua recompensa no futuro
será ver um adulto feliz e realizado, seu filho!
PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG DA CORRETORA RICO (WWW.BLOG.RICO.COM.VC) EM ABRIL DE 2014
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