Em cartaz desde o último dia 24 aqui no Brasil, “O Lobo de
Wall Street” conta a história de Jordan Belfort, corretor que perdeu o emprego
após a Black Monday em 1987 e se reergueu vendendo penny stocks (que aqui no
Brasil são chamadas de Micos) para pessoas de classe média-baixa nos EUA.
O filme, que é o quinto feito pela dupla Martin Scorsese (na
direção) e Leonardo DiCaprio (atuando), mostra um lado pouco conhecido de Wall
Street: onde corretoras disputam clientes.
Também são mostradas as farras e aventuras de Jordan e seus
colegas refletindo o quanto o dinheiro sobe à cabeça a ponto de ameaçar o
império construído às bases da mentira.
Apesar do filme longo – cerca de 3h – a atuação de DiCaprio prende.
O espectador é convidado a participar do dia a dia de Jordan, desde sua entrada
no mercado em 1986, passando pela queda em 1987 devido à Black Monday e sua
ascensão em 1990, com a abertura da corretora Stratton Oakmont, especializada
na venda de micos para os americanos. E por fim, a sua prisão no final da
década de 90 por fraude e evasão de divisas.
Os métodos usados pelos operadores da Stratton Oakmont,
métodos estes criados por Jordan, iam desde mentir para os clientes até a
manipulação de números e de oferta.
DiCaprio está em uma das suas melhores atuações. Ele está se
mostrando um ator maduro, deixando para trás a fama de apenas ser bonito, porém
inexpressivo nas telas. Fama essa conquistada devido a filmes como
‘Romeu+Julieta’ e ‘Titanic’.
Mas a grande atuação de Leonardo DiCaprio também se deve a
excelente direção de Martin Scorsese, que encontrou nele seu novo Robert De
Niro. E apesar das 5 indicações ao Oscar 2014 (Melhor Filme; Melhor Ator –
Leonardo DiCaprio; Melhor Diretor – Martin Scorsese; Melhor Ator Coadjuvante –
Jonah Hill; e Melhor Roteiro), acredito que “O Lobo de Wall Street” deva levar
somente duas estatuetas: Ator Coadjuvante e Roteiro. Não vai ser dessa vez que
Leo vai levar uma para casa.
Sem duvida nenhuma, uma das melhores coisas que já aconteceu
com a carreira de DiCaprio foi se juntar com Martin Scorsese. A partir de
Gangues de Nova York, a carreira de Leo tomou um novo rumo. Ele deixou de ser
visto apenas como um ator bonito para ser elevado à categoria de ator de 1ª
grandeza de Hollywood.
Outro destaque do filme é a grande atuação de Jonah Hill. E
vale uma curiosidade: Hill aceitou receber apenas US$ 60 mil pelo papel. E
apesar de ser um valor “baixo” comparado aos US$ 10 milhões que DiCaprio
recebeu, com certeza ele está sendo visto com novos olhos pelos produtores de
Hollywood.
Enfim, quem gosta do mercado financeiro vai adorar “O Lobo
de Wall Street”.
E quem não opera no mercado vai adorar a história e as
excelentes atuações de DiCaprio e Johan Hill. Tudo isso acompanhado de uma
excelente trilha sonora, regada a muito rock e blues.
PUBLICADO ORIGINALMENTE NO SITE POLTRONA DE CINEMA (WWW.POLTRONADECINEMA.WORDPRESS.COM) EM FEVEREIRO DE 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário